Olá, caros colegas da Fundação Roge.
É com imenso prazer que os escrevo para dar um simples depoimento de como foi passar aí dentro, e também e com um pouco de tristeza de não poder estar aí falando
pessoalmente com vocês.
Na minha época a Fundação Roge passava por grandes revoluções, no
que diz respeito a expansão das instalações, integração e aceitação perante a
sociedade delfinense, modo pedagógico e didática, principalmente nas
matérias técnicas. Hoje, muitos dos professores já têm experiências de como
passar um pouco do conhecimento deles à vocês, pois eles passaram por pelo
menos 4 anos dentro de uma universidade. Mas também de como difundir o
conhecimento prático a muitos de vocês, que aprenderam com seus avós, pais,
tios, amigos… enfim aprenderam fazendo. E podem acreditar na profissão de
técnico pecuária, ou melhor, técnico agropecuária que agora vocês serão, a
prática é tudo. Quando formarem vocês verão que aprenderam muito mais em
uma aula prática do que das várias aulas teóricas que tiveram.
Outro passo conquistado foi a fusão dos cursos de agrícola e pecuária,
confesso que vibrei com isto. Pois eu costumo brincar que o técnico agrícola
produziria comida para um sistema de produção animal e o de pecuária
produziria. Agora quem se formar faz os dois, ou até mesmo prefira trabalhar
com uma produção de caráter exclusivamente agrícola como cultura de frutas.
E decidir-se no ínicio do curso com o que se quer trabalhar é difícil mais é
importante, pois cada um vai direcionando a vida profissional por meio de
estágios, pesquisas, trabalhos, etc.
No que diz respeito à prática, faço um alerta a vocês para que lutem
para a implantação de mais setores na propriedade da escola. Pois vocês tem
uma ótima horta, viveiro com produção de algumas mudas e uma instalação
para ovinocaprinocultura. Mas ainda falta um setor de criação de aves, suínos,
peixes e outros. Então indaguem os professores, secretários, administradores
se há projetos, como fazê-los, como adquirir recursos, se o setor gerará
receitas para a fundação… e essa talvez será o maior aprendizado para vocês
na escola.
Um outro ponto que todo mundo já se pergunta quando entra é: “vou
continuar estudando ou vou trabalhar?”… é uma dúvida cruel. Mas pra quem
quer estudar, e é o que eu aconselho, a Fundação conta com um cursinho pré
vestibular. Eu não tive oportunidade de fazer, para entrar no faculdade tive que
fazer o curso noturno do Caro Objetivo de Itajubá. Mais meu amigo Wilis o fez
e hoje está aqui em uma universidade pública junto comigo. Agora para quem
quer ingressar no mercado de trabalho tem que se dedicar, ele é cada vez mais
exigente. E não só no quesito conhecimento, mas também em outros como
criatividade, iniciativa, liderança, cooperativismo, responsabilidade. E isso tudo
a gente aprende aí dentro ao longo de três anos de convivência com
funcionários, professores, colegas, comunidade (pois os delfinenses já
enxergam a Fundação com outros olhos) e até com instituidores… Pois
conversei sobre isso uma vez com o Senhor Getúlio, uma ocasião estavamos
eu e o Wilis voltando pra Delfim de carona, e ele gentilmente nos apanhou em
Lorena.
Bom meus caros, espero ter passado um pouco da minha vivência e meu olhar crítico de quem está longe mais não desligado desta instituição.
Despeço-me e na oportunidade mando recordações aos amigos Tonho, Véio,
Januária, Carijó, Ricardo, Ana Paiva, Suely, Tiãozinho, Natan, Renato, Sr.
Getúlio e Sr. Carlos Rogério, Oliveira… E a outros grandes que também já
deixaram sua marca aí dentro como Rogério, Cássio, Afonso, Liane, Nadiella,
Lucy.
Abraços a todos, sucessos aí dentro e depois que saírem. E precisando
de mim podem procurar, seja para assuntos da área como no TCC, ou outros
assuntos sobre vestibulares, carreira,…. Acho que na secretária tem meus
dados ou então é só procurar o Zezão. Afinal de contas quem não conhece
esse figura que dentre tantas funções deste sujeito é meu pai e podemos o
considerar parte da Fundação….
Abraços e muito obrigado,
Pedro Emílio Rodrigues Ferreira,
2ª turma de técnico pecuária